Todas as vezes que falamos sobre o uso do marketing no consultório odontológico, destacamos o quão importante é a figura do paciente. E essa ênfase não é por acaso. A maior parte das ações de marketing é baseada nas preferências do paciente, em como encara o mundo e no que espera da sua empresa. É ele que deve ser conquistado, de modo a realizar o serviço odontológico com você. É por isso que saber qual é esse perfil é tão importante.
Agora pare para pensar no seu consultório. Você sabe com quem conversa?
O público preferencial
Saber qual é seu público preferencial é um elemento fundamental na hora de elaborar o plano de negócios, o planejamento estratégico, o financeiro e, principalmente, o de marketing. Se você já sabe qual é seu público, então o caminho está aberto para elaborar os planejamentos necessários. Mas se você não vê a importância desse processo ou ainda não começou a pensar sobre isso, vamos trazer conversar um exemplo prático.
Com certeza você conhece a revista Capricho. O que talvez você não saiba é que ela surgiu na década de 1950 e foi a primeira voltada exclusivamente para o público feminino. Na época ela publicava fotonovelas e era voltada para mulheres adultas. Foi só na década de 1980 que ela se voltou para um público mais jovem, entre 15 e 29 anos, sob o slogan “A revista da gatinha”. A partir da década de 2000, um novo posicionamento surge, voltado para outro público, as meninas de 13 a 17 anos. Essa menina não possui apenas uma idade, ela possui toda uma série de características e comportamentos que servem de base para a revista ser o que ela é hoje.
Mas por que estamos falando de uma revista se o assunto são consultórios odontológicos? Por que a lógica é a mesma. Para a Capricho sobreviver tanto tempo, ela precisou conhecer bem quem era seu público preferencial e se adaptar a isso. Para isso não basta ter apenas uma vaga ideia de quem se deseja atingir, é preciso ter uma imagem mental perfeita de como seria essa pessoa.
Trazendo para o contexto da odontologia, vamos pegar um odontopediatra que possui um consultório em um bairro nobre da cidade. O público preferencial desse dentista poderão ser os pais de crianças de até 12 anos, por exemplo. A partir desse dado básico, ele começa a entender quem é esse público. Quem tem o maior poder de decisão na saúde bucal da criança, o pai ou a mãe? São os pais que costumam levar ao consultório ou uma empregada? A distância da casa ao consultório é fator determinante? Essas são apenas algumas perguntas que você pode se fazer na hora de definir quem é seu público e que vão te ajudar demais na hora de estruturar suas ações.
As personas
Saber qual o seu público preferencial é importante para dar o tom geral da comunicação, mas só esse dado não é mais o suficiente. Com a crescente conexão do público com a internet, o comportamento mudou bastante. Se antes era aceita uma comunicação voltada para grandes públicos, agora as pessoas querem suas necessidades particulares atendidas. E se não encontram isso em você, vão procurar na concorrência.
Para isso surgiu a ideia de personas. O que fizemos no tópico anterior foi definir uma persona média, um arquétipo do consumidor do seu serviço. Agora precisamos ir além e entender com quais públicos você se relaciona e como sua comunicação pode ser efetiva para cada um deles, de modo a dar a impressão de algo mais pessoal. Isso é a base do inbound marketing, que busca tratar o cliente da forma mais individualizada possível.
No caso do exemplo que demos do consultório de odontopediatria, algumas personas possíveis seriam os pais (os principais, já que possuem o poder de decisão), a pessoa responsável por levar a criança ao consultório e a própria criança. Cada um deles exige um tratamento diferenciado e a forma como você irá interagir com eles.
Para montar essas personas de forma detalhada, sugerimos a leitura de dois materiais da Rock Content que são bem completos sobre o assunto. O primeiro deles é um post e o segundo é um guia para criação de personas. Então estude bem, veja como adaptar à realidade do seu consultório e coloque as ideias para funcionar.