Já falamos aqui no blog sobre o que é motivação e de como é difícil implantar uma técnica motivacional que contemple todos os funcionários. Nem todas as pessoas são estimuladas pelo mesmo fator e isso faz com que seja realmente complicado pensar em ações nessa área. Naquele post contamos sobre a Pirâmide de Maslow e como aplicá-la no contexto empresarial. Neste vamos ser um pouco mais práticos e abordar algumas situações específicas.
Antes de começarmos, porém, é preciso entender que há dois tipos de motivações: as extrínsecas e as intrínsecas. As pessoas com motivações extrínsecas são estimuladas por ações externas, tais como remuneração, promoção e segurança no trabalho. Quando algum desses fatores não satisfaz as expectativas do funcionário, a motivação tende a cair. O oposto ocorre quando eles estão satisfeitos, fazendo com que o trabalho seja feito com excelência e ânimo extra.
Já as pessoas intrinsecamente motivadas encontram em si mesmas o prazer de finalizar uma tarefa. Não há recompensas tangíveis ou incentivos que façam com que elas se motivem. A vontade vem de dentro, de concluir o trabalho da melhor forma possível e apresentar os bons resultados. Elogios e reconhecimento podem até fazer bem para o ego desse tipo de pessoa, mas não é o que vai levá-las à frente e deixá-la mais motivada.
Olhando assim, por alto, pode-se até dizer que uma equipe que seja intrinsecamente motivada é uma vantagem, já que basta apresentar um trabalho interessante para que eles apresentem bons resultados. Porém, por outro lado, é muito difícil motivar externamente esse tipo de pessoa e, caso ela não julgue a tarefa interessante, poderá deixá-la de lado ou apresentar resultados ruins. Já as pessoas com motivação extrínseca são mais estáveis, levando em conta que o teor do trabalho importa menos do que os benefícios recebidos com ele.
É por isso que os dois tipos de motivação tês seus prós e contras. A vantagem é que as pessoas não são caixas fechadas e dificilmente se enquadram em apenas uma das duas categorias, transitando pelo espaço intermediário existente entre elas. Para as empresas, o mais comum é mesclar técnicas que impactem as duas formas de motivação e, com isso, atinjam mais pessoas.
Se você está lendo este post para encontrar qual é a correta ou a que gera mais resultados, infelizmente vamos te decepcionar. É impossível definir isso. Como dissemos, o que motiva alguém é algo muito variável e o que vamos fazer aqui embaixo é mostrar uma série de práticas que podem ser usadas em diferentes situações. Qual serão as escolhidas vai depender, e muito, do contexto em que sua empresa está inserida.
1. Praticar empatia
Empatia é colocar-se no lugar do outro, entender se sentem e como gostariam de ser tratados. É fazer atos simples mas que, no dia a dia do consultório, têm um impacto grande na sua relação com as pessoas e, consequentemente, na sua imagem. Cumprimentar as pessoas assim que chegar em um ambiente, conversar com seus funcionários tanto sobre assuntos da empresa quanto amenidades, parabenizar pessoalmente quando uma boa ação for feita, escrever notas pessoais sobre bom desempenho de cada um, reconhecer publicamente o bom desempenho, aprender o que motiva cada um. São atitudes simples que podem inspirar e motivar seus funcionários a trabalharem em sua empresa.
2. Estimular a participação
Sempre que falamos de planejamento estratégico, destacamos o quanto é importante todos estarem cientes de seu papel na elaboração e execução dele. Essa execução, principalmente, precisa ser trabalhada em conjunto com os funcionários, de forma que vocês possam criar metas em conjunto, pedir ideias, sugestões e, com isso, envolver toda a equipe nos trabalhos. Outra forma de estimular a participação é criar canais de comunicação que deixam os funcionários livres para se expressarem. Além disso, ofereça tarefas que sejam interessantes e desafiadoras, pois além de te ajudar na hora de delegar tarefas, vai ser um voto de confiança para o funcionário.
3. Feedback
Sempre que um trabalho for executado e os resultados entregues, forneça um feedback para a pessoa que executou o serviço. Isso é essencial para ela tenha um retorno sobre as suas opiniões, sobre o método de trabalho e, principalmente, para alinhar as expectativas dos lados envolvidos. É através de uma conversa de feedback que você poderá saber, por exemplo, se a pessoa julgou adequadas e suficientes as informações dadas por você para a execução do trabalho, para elogiar e para repreender na medida que for necessário.
4. Desempenho
Se seu consultório agora já possui um planejamento estratégico com metas bem estabelecidas, nada mais justo do que avaliar seus funcionários de acordo com o desempenho deles para o avanço da empresa. Essa avaliação é mais objetiva, evita com que fatores pessoais tenham muito peso e pode servir de base para uma futura mudança de cargos. Para isso é preciso ter uma política de promoções bem definida, explicá-la para todos os seus funcionários e, principalmente, mostrar que que o trabalho deles é importante e que tem impacto a curto, médio e longo prazo.
5. Remuneração
Apesar de todo o papo bonito sobre motivação, muita gente só se sente realmente feliz quando o dinheiro cai na conta corrente. Para que um funcionário não se sinta desvalorizado, pesquise sobre salários e o remunere de forma justa. Saiba quanto o mercado paga, ofereça os benefícios mais interessantes e não deixe que esse seja um ponto de desmotivação. Não se esqueça de cumprir as obrigações trabalhistas e de criar uma política de aumento de salários, pois nenhum funcionário pretende ficar preso no mesmo cargo e recebendo a mesma quantia por muito tempo. Deixe isso claro e torne a relação entre vocês a mais transparente possível.