Ao analisar as perspectivas atuais das empresas, nota-se o surgimento de uma forte vertente de economia colaborativa. A ideia de empresas concorrentes é deixada de lado em prol das parceiras em potencial, de empresas que podem caminhar juntas em busca de um objetivo comum. É o que acontece com as grandes corporações digitais hoje em dia, por exemplo. E isso quer dizer uma coisa: as parcerias comerciais estão cada vez mais em pauta.
Existem diversas formas de se fazer isso, mas hoje vamos nos focar em uma que já acontece há bastante tempo na odontologia. O principal objetivo é suprir as possíveis carências que um profissional possua e proporcionar o melhor tratamento para um paciente. Não são raros os casos de ortodontistas que precisam encaminhar pacientes para cirurgiões bucomaxilofaciais, por exemplo. É disso que vamos falar, em como otimizar esse tipo de parceria para seu consultório.
Até porque se trata de uma simples questão de especialização. Se você não possui domínio em determinada técnica, é melhor encaminhar para um outro dentista que seja especializado nisso. É por isso que ter uma boa rede de contatos é importante. É preciso conhecer o profissional certo para o caso de seu paciente e, principalmente, confiar nesse profissional. Mas calma, vamos conversar sobre os principais pontos ao se firmar uma parceria desse gênero.
1. Saiba quais seus pontos fortes e fracos. Antes de buscar auxílio com outra pessoa, é preciso entender exatamente quais técnicas e procedimentos você domina. Saiba avaliar aquilo que realmente compete à sua especialidade e não tenha vergonha de encaminhar um paciente quando não estiver na sua área de atuação.
2. Ouça seus pacientes. Quando você já está há algum tempo no mercado, sabe exatamente quais necessidades seus pacientes terão. De posse dessas informações de histórico, você já pode procurar outros profissionais que complementem os serviços mais procurados e que você não realiza.
3. Use sua rede de contatos a seu favor. É bem mais fácil firmar parceria com alguém que você já conhece pessoalmente e confia no trabalho. Como isso é importante para a sua imagem profissional e para seu paciente, escolha bem o dentista com quem você deseja firmar parceria. Afinal, se algo der errado a culpa também será um pouco sua.
4. Entenda o outro lado. Você não pode controlar todos os passos de uma parceria, até porque boa parte depende do outro lado envolvido. Mas entenda que erros podem acontecer, esteja sempre aberto ao diálogo e aja de forma racional. Tratando seu parceiro com profissionalismo, ele também te tratará assim e poderá entender quando acontecer algo com você.
5. Se puder, utilize sempre seu consultório. É lá que o paciente costuma ser atendido e, para maior comodidade, tente combinar com o outro dentista de realizar o procedimento em seu consultório. Se não puder, converse com o paciente e explique para ele porque o deslocamento precisa ser feito. Evite qualquer mal entendido nessa parte.
6. Acompanhe o caso de perto. Mesmo que ele já tenha saído das suas mãos, o paciente continua sendo seu. Tudo de bom ou de ruim que acontecer com ele durante o atendimento terá reflexos diretos em você, então saiba como ele foi tratado e como tudo aconteceu, mantendo contato tanto com seu parceiro quanto com o próprio paciente.
Lógico que todas as dicas acima estão adaptadas para o caso de uma parceria de indicação de serviços entre dois dentistas, porém elas continuam válidas para qualquer outro tipo de parceria. Valem para pequenos consultórios que se unem para comprar materiais mais baratos, para divisão de espaços de publicidade, locação de espaço comum, treinamentos etc. Em casos que não envolvem trocas amistosas de pacientes, mas sim de serviços, é recomendável que também se assine um contrato, de modo a resguardar as partes envolvidas.
Mas lembre-se do principal: as parcerias precisam trazer e oferecer benefícios para as partes envolvidas e, principalmente, devem ser feitas sempre pensando no melhor para seu paciente. E só isso.