Gestão pela qualidade total na odontologia

Existe um conceito na administração de empresas chamado “Gestão pela qualidade total”. Ele traz uma ideia moderna de administração e, por isso, ainda não há um consenso sobre qual a definição exata do termo, variando de autor para autor. De forma geral, podemos dizer que ele é usado para caracterizar uma forma de gerenciamento global que visa, além de controlar a parte estratégica, pensar na rotina de trabalho, no dia a dia da empresa.

Tudo é feito para que as necessidades dos clientes sejam atendidas de forma ágil, eficiente e segura para todas as partes envolvidas. Não é por menos, já que esse cliente é o motivo do sucesso e da sobrevivência de qualquer empresa.

Outro ponto importante sobre o modelo de “Gestão pela qualidade total” é a busca constante por melhorias, na qual as empresas continuam buscando inovações e melhorando processos e serviços. Para que isso aconteça, é necessário que as pessoas envolvidas estejam sempre preocupadas com os processos de qualidade da empresa, com a detecção de falhas e busca por soluções. Enfim, a “Gestão pela qualidade total” não é traz ideias completamente novas, ela agrega vários elementos que compõem outros métodos gerenciais, de modo a priorizar a forma como o paciente é atendido.

É aqui que vamos entrar na odontologia. Já dissemos várias vezes no blog que o ensino de gestão não é valorizado nos cursos de odontologia. Se focar apenas na parte técnica do atendimento e se esquecer da gerencial é um fator essencial para que o paciente, cada vez mais exigente, não retorne a seu consultório.

Em seu livro “Qualidade total em serviços”, Las Casas diz que os serviços possuem dois componentes de qualidade: o serviço em si e como ele é percebido pelo cliente. Sobre o serviço, já estamos considerando que você faz um atendimento odontológico de qualidade e este não é o seu maior problema. Já na forma como o paciente percebe o atendimento entram diversos os fatores, tangíveis ou não. Isso vai desde a aparência física do consultório até a cordialidade da equipe.

É para tentar contornar isso que a ideia de “Gestão pela qualidade total” pode ser aplicada também na odontologia. Pelo menos é o que diz Harris, em um artigo escrito em 2001. Segundo ele, o modelo feito pela European
Foundation of Quality Management pode ser adaptado para a realidade odontológica. Ele é dividido em duas partes: processos e resultados.

Definir os processos que serão elaborados e garantir a boa execução deles é o que vai garantir que os resultados venham. Um ponto importante nesse processo é o benchmarking, que vai possibilitar com que você compare os processos com o de outros consultórios e possa aplicar as melhores práticas para otimizar o trabalho.

Este é apenas um modelo de qualidade dentre vários outros que existem. Inclusive ele não é tão difundido na área odontológica. Por isso que o mais importante não é aplicar exatamente o que ele fala. Trabalhar com um modelo de qualidade é pensar em otimizar sempre os processos, se avaliar e ver se está tudo certo com a sua estratégia e com sua empresa. Dentre as principais vantagens que isso traz para a prática odontológica estão a diminuição nos gastos, economia de tempo, maior satisfação dos pacientes e uma facilidade maior de comunicação entre as pessoas que trabalham juntas.

Mas para que isso funciona, é preciso começar a pensar nesses aspectos. Pesquise bastante sobre os métodos, veja o que se aplica no seu dia a dia e trabalhe firme para tudo virar realidade.

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