Escolher o ponto para o consultório odontológico

Uma das primeiras coisas que falam para alunos de marketing é a importância dos quatro Ps para empresas. Você já deve ter ouvido falar deles, inclusive: Produto, Preço, Promoção e Praça. Esses conceitos foram cunhados em 1960 pelo professor John McCarthy, da Universidade de Michigan, com o lançamento do livro Basic Marketing, que funciona como um guia até hoje.
 
Desde o lançamento dele, muita coisa mudou e, lógico, o mercado também teve sua dose de transformações. O conceito dos quatro Ps já foi revirado de ponta a cabeça, foi atualizado para o mundo digital, ganhou novos enfoques, novos conceitos… enfim, há muito mais coisa a ser estudada e analisada agora. Apesar disso, a base é a mesma: os estudos de McCarthy. É por isso que aqui vamos nos ater ao básico e, principalmente, discutir de forma mais profunda um desses quatro pilares: a PRAÇA.
 
A definição mais usada para “praça” envolve a cadeia de distribuição de um produto. Para a odontologia, porém, essa ideia não é aplicável. Nossa ideia é usar uma definição mais simples, que compreende “praça” como o local de distribuição de um produto. No caso, vamos conversar sobre todo o processo de escolha da sede de um consultório odontológico.
 
Se você ainda está em dúvida de como definir onde será este ponto, reunimos aqui 8 dicas para te ajudar no processo.
 

1. Defina o público com o qual você quer trabalhar

Esse é uma decisão básica e que deve ser feita ainda no plano de negócios. O motivo é simples: você deve ir atrás de seu público. Se você pretende criar um consultório voltado para a classe alta e com um atendimento diferenciado, a busca pelo ponto ideal deve se voltar para os bairros mais abastados da cidade. Se pretende criar um atendimento de massa e barato, talvez o centro possa ser uma solução. Enfim, definir seu público é o que vai guiar todo o processo inicial para escolha do local.
 

2. Liste suas prioridades

Comece a pensar em como você deseja seu consultório. Ele precisa de uma sala de espera ou você pretende colocar uma divisória em uma sala única? Precisa de estacionamento para os pacientes? A vista é importante? Precisa de uma sala só para arquivar documentos? Essas e outras perguntas vão te ajudar a definir se os locais visitados são ou não adequados para o que você deseja. Uma dica é atribuir valores para essas prioridades. Se uma sala no prédio referência do bairro for mais relevante que o estacionamento, por exemplo, dê mais valor a isso na hora da escolha.
 

3. Fluxo de pessoas

Este é um ponto que cabe discussão e, de novo, precisamos voltar à definição do público. Colocar o seu consultório em frente a um ponto de ônibus movimentado, por exemplo, só será eficiente se sua estratégia for a de captar o máximo de pessoas e não se importar com barulhos externos. Porém colocar a clínica em um bairro altamente residencial e com quarteirões enormes pode ser um tiro no pé se você já não tiver feito um processo de fidelização de seus pacientes. Procure um local com um bom fluxo de clientes em potencial, entenda qual a sua necessidade e analise se o novo ponto é ou não o adequado para seu caso.
 

4. Observe as regras do local

Mesmo que o local seja perfeito, se você não conseguir um alvará para transformá-lo em um consultório nada disso vai adiantar. Esse é um ponto crucial e que muitas vezes é esquecido pelos corretores e pelo profissional, então preste muita atenção e pesquise com os órgãos responsáveis quando for procurar um novo local.
 

5. Concorrência

O sonho de todos que abrem uma empresa é encontrar um local com muitos clientes em potencial e nenhuma concorrência. Porém a gente sabe o quão difícil é isso. No caso da odontologia ainda há um agravante, pois o tratamento é individualizado e, caso existam outros consultórios na área, há uma chance grande das pessoas da região se consultarem apenas com aquele profissional. Esse sentimento é mais forte, claro, em bairros mais afastados do centro ou em cidades menores, então se sua intenção for trabalhar em alguma dessas áreas é preciso ficar atento. Mas não encare a concorrência com desânimo. Em qualquer negócio é preciso buscar seu diferencial e, caso você consiga passar isso bem para os possíveis pacientes, você estará em vantagem, independente de quantos concorrentes você tiver ao redor.
 

6. Pesquise por opções

Não é porque você achou um lugar maravilhoso que vai fechar os olhos para outras opções. Sabe aquela lista de prioridades lá em cima? Talvez o lugar que você achou primeiro tem um item super importante da lista e você queira ficar com ele, mas pesquisar pode te garantir um lugar tão bom quanto e por um preço menor. Tenha várias opções em mente e não ceda a pressão de corretores, pois isso só vai atrapalhar seu processo de escolha.
 

7. Segurança

Além de todos os pontos levantados, é preciso estudar a vizinhança para entender em qual contexto você está se inserindo. Saiba qual o histórico de criminalidade da região, se a rua possui iluminação durante a noite, se há policiamento. Garanta que o consultório como um todo possa ficar seguro frente ao que pode vir.
 

8. Infraestrutura

Para finalizar, é preciso pensar em outro ponto básico: a infraestrutura do local que você pretende trabalhar. Trabalhar sem o mínimo de estrutura é prejudicial para você e influencia diretamente na percepção que o paciente tem de seu serviço. Confira a disponibilidade de energia, quantos pontos de distribuição existem, como é o abastecimento de água, esgoto, telefonia. Saindo do básico, veja a disponibilidade de internet no local (para caso você queira colocar um software de gestão como o LaudOnline) e espaço para colocar nem que seja um microondas, por exemplo.
 
rodape_ebook_planejamento_estrategicoRodapé Cadastre-se-01

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *