Como definir a comissão de dentistas

A clínica odontológica cresce, pensa em contratar dentistas de outras especialidades e surge aquela dúvida: como remunerar esses novos profissionais? O questionamento é pertinente, já que uma boa oferta financeira pode ser aquilo que vai atrair pessoas bem qualificados para trabalhar com você. Como são diversas as formas de se pensar nessa remuneração, vamos conversar sobre cada uma delas, destacando os prós e os contras que vêm com a escolha.

O comissionamento

Podemos destacar duas principais formas de pagamento aos dentistas, variando entre a carteira de trabalho assinada e as comissões por procedimentos/especialidades. Antes de falar sobre cada um deles, vamos levantar dois pontos importantes e que devem ser observados na hora de determinar a comissão.

O primeiro é com relação ao lucro que você espera ter. Não adianta nada diminuir o valor recebido pelo dentista e aumentar o preço final, pois não é assim que funciona. É para isso que calculamos o preço/hora do funcionamento do consultório, para dar uma base do mínimo que deve ser cobrado para o consultório funcionar. É em cima desse valor que você coloca a comissão do dentista e o lucro esperado, de modo a definir qual será o preço do procedimento.

Mas cuidado, pois dois cenários devem ser evitados. O primeiro é trabalhar apenas para pagar as contas e o segundo é cobrar tão caro a ponto de seus pacientes não pagarem. No primeiro cenário você trabalha no limite e qualquer problema deixa seu consultório no vermelho. No segundo é perigoso que seus pacientes simplesmente não voltem, sendo necessário investir pesado no pós-atendimento. É preciso chegar em um saudável meio termo para que nenhum desses casos aconteça.

O segundo ponto é que este post não tem a intenção de dizer, por exemplo, que 25% de cada procedimento deve ir para comissão. Seria impossível fazermos isso. Cada consultório possui uma realidade diferente, isso sem falar nas variações gritantes de cidade para cidade ou de estado para estado. Dito isso, vamos começar a mostrar os prós e os contras de cada um dos tipos de comissionamento.

1. Dentista com carteira assinada (CLT)

Esse tipo de remuneração não é muito comum dentro de consultórios odontológicos, mas garante ao dentista um salário fixo independente de sua produtividade. Além disso, o 13º salário, férias e todos os direitos trabalhistas são garantidos por lei. Este costuma ser o sonho de muitos trabalhadores, que garantem vários benefícios. Porém esse processo costuma ser mais oneroso para quem contrata, com diversas taxas. Por isso é preciso estudar bem o financeiro e para ver se vale a pena ou não.

Aqui também cabe destacar a natureza do profissional da área de saúde, que costuma ser um profissional liberal justamente para ter a liberdade de trabalhar em vários lugares. Com a carteira assinada e um regime de 44 horas semanais, é complicado conseguir tempo para trabalhar em outros locais sem prejudicar a vida pessoal e a saúde.

2. Comissão por atendimento

Essa modalidade é a praticada pela maioria esmagadora das clínicas odontológicas do país. Nela o profissional recebe um percentual do valor de cada procedimento realizado nos pacientes. O valor percentual da comissão varia de clínica para clínica, podendo ser maior ou menor caso o dentista utilize material odontológico próprio ou fornecidos pela clínica, dentre outros fatores.

Seja qual for o valor da comissão, é preciso observar se o valor pago está sendo rentável para as partes, pois em alguns casos você pode estar pagando para manter o dentista em seu consultório e, em outros, o dentista pode estar saindo prejudicado devido ao número de atendimentos. Para isso, use como base o valor da hora que foi mostrado acima.

Caso a maioria dos atendimentos do consultório seja feita por convênio, uma boa solução é contar com profissionais com esse tipo de remuneração e que só atendam esse convênio. Apesar desse tipo de dentista ganhar dinheiro a partir do volume de trabalho, colocar um valor fixo ajuda o consultório na hora de fazer o pagamento. Vale lembrar que isso exige uma maturidade administrativa alta, pois só irá funcionar se todos os processos já estiverem bem azeitados.

Cuidado com o capital de giro

Conforme já dissemos em outros posts aqui no blog, capital de giro é basicamente o dinheiro necessário para manter o funcionamento da clínica. E é preciso tomar muito cuidado com ele ao definir a forma como será realizado o pagamento de comissão aos dentistas.

O que acontece em muitos casos é que a clínica parcela o tratamento dos pacientes em várias parcelas e realiza o pagamento de comissão aos dentistas a medida em que eles realizam os procedimentos, podendo causar um rombo de caixa.

Por exemplo, se você parcelar o tratamento de um paciente em 12x de R$1000,00 e o dentista, cuja comissão é de 50%, realizar todo o tratamento em 3 meses você terá de pagar ao dentista R$500,00 mesmo que só tenha recebido do paciente R$300,00 até o momento. Considere vários pacientes ao invés de um e dá pra ter uma ideia do tamanho do problema.

Esse cenário faz com que muitas clínicas recorram a empréstimos bancários ou antecipação de cheques e parcelas de cartões para conseguir pagar as comissões, o que é péssimo para a saúde financeira do negócio. A dica aqui é condicionar o pagamento das comissões dos dentistas a execução do tratamento e ao pagamento do mesmo pelo paciente.

Concluindo

Independente da forma que você escolher fazer o comissionamento, o essencial é analisar a parte financeira do consultório antes. Saber qual é o custo/hora para mantê-lo funcionando garante que o ponto de equilíbrio do negócio seja atingido e que você possa ter sua margem de lucro tranquilamente.

Junto com isso, fazer um bom controle financeiro é o básico. Nossa indicação é que você procure um software de gestão que possua o financeiro voltado para a odontologia, como é o LaudOnline. Em nosso software você pode fazer todo o controle de comissionamento de forma simples, de forma a remunerar corretamente os profissionais. Experimente gratuitamente por 15 dias e veja como podemos te ajudar.

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